celine dion

Céline Dion fala sobre saúde e tratamento de síndrome rara: ‘Um dia de cada vez’

#Compartilhe

A estrela canadense do pop Céline Dion, que sofre de um transtorno neurológico raro, disse que está bem, mas que vive “um dia de cada vez”. A afirmação foi feita na primeira entrevista dela desde que anunciou o diagnóstico que a fez cancelar shows.

Céline revelou em 2022 que havia sido diagnosticada com uma condição neurológica conhecida como síndrome da pessoa rígida (SPR). A doença provoca rigidez muscular, causa dores agudas e afeta a mobilidade.

Capa da edição de maio da revista Vogue da França, Céline disse que está bem, mas que a condição dela requer “muito trabalho”.

“Cinco dias por semana eu me submeto a terapia atlética, física e vocal. Não venci a doença, pois ela está e sempre estará dentro de mim. Espero um milagre, uma forma de curá-la com pesquisas científicas. Mas, por enquanto, tenho que aprender a viver com ela”, declarou a cantora.Sobre a possibilidade de voltar aos palcos, Céline disse à revista que, no momento, não pode responder: “Não sei. Meu corpo me dirá.”

Desde que o diagnóstico foi revelado, a cantora fez poucas aparições públicas. Recentemente, ela anunciou a produção de um documentário sobre a vida dela, chamado “I Am: Céline Dion”.

Em fevereiro, ela fez uma aparição surpresa no Grammy 2024 e subiu ao palco para anunciar o prêmio de melhor álbum do ano — vencido por Taylor Swift, com “Midnights”.

O que é a síndrome da pessoa rígida?

Considerada uma doença rara do sistema nervoso, a síndrome de stiff-person, ou síndrome da pessoa rígida (SPR), não tem cura.

“A síndrome da pessoa rígida é uma síndrome neurológica rara, imunomediada e caracteriza-se por uma rigidez muscular, que afeta os músculos do tronco, dos braços e pernas. Ocasionalmente, essa síndrome pode ser restrita só a uma perna”, explica Alex Baeta, neurologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Baeta ressalta que os principais sintomas da síndrome são rigidez dos músculos e espasmos musculares.

Segundo o Instituto Nacional de Saúde (NIH – National Institute of Health), agência governamental do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, posturas anormais, a síndrome afeta duas vezes mais mulheres do que homens e, na maioria das vezes, está associada a outras doenças autoimunes, como diabetes, vitiligo, anemia, tireoidite.

“Os cientistas ainda não entendem o que causa o SPR, mas pesquisas indicam que é o resultado de uma resposta autoimune que deu errado no cérebro e na medula espinhal”, esclarece o NIH.

O tratamento é individualizado, depende de cada paciente. Os medicamentos ajudam a controlar e melhorar os sintomas da síndrome da pessoa rígida, mas não cura o distúrbio.